Sindprevs

Sem realizar concurso há cinco anos, tendo perdido 40% (12 mil) do total dos servidores ativos, segundo ação do Ministério Público Federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) precisaria contratar pelo menos 21 mil servidores/as para repor essas vagas, sem que fosse preciso fechar APS como vem sendo feito em todo o País, aumentando o sofrimento da população que sofre no calvário da fila virtual, para quem consegue acessar. Em torno de 25% por cento da população, ou um em cada quatro, não têm acesso à internet, totalizando 56 milhões de brasileiros excluídos de atendimento no INSS.

Desesperado, o Governo vem aprofundando ações de ataques aos servidores do INSS, para mascarar a falta de servidores. Os iluminados da Direção Central, aproveitando o caos da pandemia, tentam, a ferro e fogo, implantar a produtividade em todos os setores de trabalho. Após a fracassada tentativa da Portaria 422, editou nova Portaria, de número 1020, alterando a Portaria 691/2020, ampliando a imposição de produtividade para todos os setores e reduzindo o valor dos pontos por tarefa, para dessa forma, impor um ritmo acelerado de trabalho. As consequências disso: milhares de servidores adoecidos em todo o Brasil, por sofrerem grande assédio moral para cumprir metas absurdas e irreais.

Apesar da FENASPS e da maioria dos sindicatos filiados defenderem a jornada de 30 horas, não temos acordo com essa forma de controlar a jornada de trabalho, porém respeitamos os servidores que fizeram opção para trabalhar por produtividade. Contudo, fazemos um alerta que todos continuam com todos os seus direitos trabalhistas assegurados, embora nem sempre respeitados. Portanto, reiteramos as orientações que fizemos: em caso de dúvidas sobre isso, procurem um advogado de sua confiança e nunca ajam sozinhos contra a máquina pública. Todos os filiados do sindicato têm atendimento gratuito para orientação e até ingresso de ações por assédio moral ou reparação à sua saúde.

Alertamos todos os servidores que tomem cuidado com as ações de associações e grupos virtuais, porque estes estão agindo a serviço do governo Bolsonaro, tentando enganar a todos, prometendo que conseguirão reduzir o ritmo do ciclo dos indicadores de produtividade e/ou alterar o sistema de metas. E, de brinde, ainda prometem carreira de Estado??? São inverdades fáceis de serem desmascaradas, pois, no momento em que há o aumento do número de segurados procurando por seus direitos e existe redução no quadro de servidores, o que faz a direção do INSS? Aumenta a pressão e as metas de produtividade. É como enxugar gelo: vai continuar pingando. Maior exemplo foi o BMOB. Milhares de servidores acreditaram no programa, trabalharam durante meses de 12 a 17 horas por dia, conseguiram analisar em torno de dois milhões de processos e, poucos meses depois, a fila virtual voltou para 1.600.000 processos esperando solução.

O chefe da propaganda nazista Joseph Goebbels dizia: “Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”. Este governo inventou as fake news no Brasil, criou o gabinete do ódio e costuma utilizar pessoas inescrupulosas como aliadas para enganar os trabalhadores. E, nesse vale tudo, usam dessas tramas para atrair pessoas de bem nesta armadilha de destruição do INSS. Não existe qualquer possibilidade de alterar este processo que não seja a luta de todos os trabalhadores.

A Lei Complementar 173/3030 (www.sindprevspr.org.br), em seu artigo 8º, congelou nossos salários e proibiu o Governo de conceder quaisquer vantagens para os servidores públicos até dezembro de 2021. Como o orçamento da União é definido em agosto de cada ano, o que for incluído no orçamento de 2020, somente poderá ser alterado no exercício seguinte, em 2023, ou seja, somente ao final do mandato deste governo fascista e autoritário, que, em tese, discutiremos com o próximo quaisquer benefícios ou ganho para os servidores públicos. Isso se conseguirmos derrotar a PEC 32 contra a Reforma da Previdência.

O isolamento social cria um ambiente favorável para essas pessoas fazerem lambança e venderem ilusões aos servidores para legitimar a enganação da esperança. Quem cumpre esse papel de enganar e trair os trabalhadores pagará muito caro por essa traição.

Mas o que esperar dessas associações e grupelhos virtuais que nunca fizeram nada em prol dos trabalhadores?? Em tempos de governo fake news, é preciso tomar muito cuidado para não ser enganado por essas pessoas a serviço do patrão.

É fundamental que os servidores se mobilizem para defender seus direitos trabalhistas. Não podemos recuar! Nenhum direito a menos! Então, vamos à luta, ocupando as ruas do País. “A Revolução não será televisionada” (Hugo Chaves).

A HISTÓRIA NOS ENSINOU QUE, SEM LUTA, NÃO HAVERÁ CONQUISTA!!!