A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Previdência, Saúde e Trabalho do Rio Grande do Norte (Sindprevs-RN) se reuniu nessa terça-feira (21) com a gerente executiva do INSS em Natal, Elaine Semírames, parar reforçar a importância de a reabertura das agências não acontecer em meio ao caos da pandemia.
Durante a reunião, os diretores da representação sindical puderam manifestar a sua preocupação para a gerente com a vida e o bem-estar não somente dos servidores, mas também da população. Isso porque, segundo eles, a maior parte dos públicos interno e externo do INSS pertence ao grupo de risco da Covid-19.
Por meio do seu vice-presidente e diretor da Fenasps, Djalter Rodrigues, o Sindprevs-RN comunicou oficialmente a Elaine a decisão da categoria de não atender ao chamado para retorno, marcado para 3 de agosto, e paralisar as atividades. Decisão local em consonância com o deliberado nacionalmente pela categoria.
“A decisão tomada em plenária da Fenasps é pela vida. Não podemos colocar em risco a vida dos segurados, nem tão pouco dos servidores. Informamos ao presidente do INSS que ele pode ser responsabilizado por uma atitude como essa. A Fenasps e os sindicatos filiados não vão aceitar esse retorno de forma impositiva”, disse ele.
O diretor do Sindprevs/RN e também da Fenasps, Márcio Freitas afirmou que “estamos vivendo um verdadeiro genocídio no país e o INSS não pode compactuar com isso. Os hospitais ainda estão lotados, o que atesta que ainda não é hora de voltar”.
Elaine Semírames acolheu a fala dos dirigentes do Sindprevs-RN e disse que “até o momento, apenas cinco agências teriam condições de abrir no dia 3 de agosto: Nazaré, Natal/Sul, Parnamirim, Santa Cruz e Currais Novos”. No entanto, segundo ela, a reabertura ainda não está confirmada em razão da ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs).
A Diretoria do Sindprevs-RN reafirmou que a categoria segue firme na posição de que ainda não é o momento para a reabertura das agências, destacando que a aglomeração de pessoas idosas e com comorbidades é exatamente o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que não aconteça, reafirmando assim o compromisso em defesa da vida do povo brasileiro e de uma política sanitária que combata a pandemia e interrompa esse genocídio que já atingiu mais de 80 mil brasileiros.